Publicado em

Lembra-se do Prestige?

Lembra-se do “Prestige”?

O Prestige foi um navio-petroleiro que se afundou na costa da Galiza em Espanha, em 13 de Novembro de 2002.
Esse terrível acidente produziu uma imensa maré negra, que afetou uma ampla zona compreendida entre o norte de Portugal e a França, mas com especial incidência na Galiza. O petroleiro, construído em 1976, com um deslocamento de 42 mil toneladas, transportava 77 mil toneladas de fuel oil, quando se deu o acidente.

Durante uma tempestade nas costas da Galiza, um dos seus 12 tanques não resistiu e abriu um rombo de 35 metros.
A partir daquele momento e até ao seu afundamento, estima-se que tenham sido derramadas cerca de 5.000 toneladas de fuel-oil.

Depois, cerca das 8 da manhã de 19 de Novembro, o barco partiu-se em dois, a cerca de 250 km da costa da Galiza, tendo-se afundado, o que provocou um incremento no volume da mancha negra.

Mesmo após o afundamento, o Prestige continuou a libertar cerca de 125 toneladas de fuel oil por dia, contaminando o fundo do mar e a linha de costa, especialmente ao longo da Galiza. As consequências ambientais da “maré negra” libertada foram trágicas para o litoral de Portugal, Espanha e França.

O mundo ficou emocionado pela tragédia o que deu origem a uma mobilização sem precedentes.
Mais de 300 mil voluntários vindos de toda a Europa participaram nas operações de limpeza das praias e das rochas embebidas pela maré negra.

Quase duas décadas depois, o petroleiro permanece afundado a 4.000 metros de profundidade  e a 270 quilómetros da costa da Galiza, Espanha.
A Galiza foi a região que mais sofreu com a espessa maré negra, sendo que 115 mil aves morreram e 25 reservas protegidas foram afetadas.

No dia 1 de Dezembro, 200 000 pessoas manifestaram-se em Santiago de Compostela com o lema “Nunca mais”.

Mochilas de Emergência

Publicado em

A ilha de plástico que flutua no oceano pacífico

ilha de plástico do pacífico

A Ilha de plástico que flutua no oceano Pacífico

A ilha de lixo que flutua no Pacífico tem três vezes o tamanho da França e é o maior depósito de lixo oceânico do mundo com 1,8 mil milhões de detritos flutuantes de plástico que matam, anualmente, milhares de animais marinhos entre a Califórnia e o Havaí.

Esta grande mancha de lixo do Pacífico é uma ilha onde não se pode caminhar porque é composta apenas por plástico flutuante. Os cientistas estimam agora que é maior do que se pensava, tendo cerca de 1,6 milhões de quilómetros quadrados.

Num artigo publicado na revista Scientific Reports, os cientistas demonstram que há cerca de 80 mil toneladas de plástico a flutuar nessa ilha, um valor cerca de 16 vezes mais elevado do que se pensava, que equivale a mais de 17 vezes o tamanho de Portugal continental, dos Açores e Madeira.As evidências científicas indicam que o continente asiático é a principal fonte dos resíduos que alimentam a grande ilha de lixo no Pacífico, bem como do aumento da pesca industrial no maior oceano do mundo.

De acordo com outro estudo publicado pela revista Nature, dois terços dos objetos recolhidos durante a investigação continham inscrições em japonês ou chinês — tendo no entanto sido identificados nove idiomas diferentes — e o fragmento mais antigo datava do final da década de 1970.

Um dos perigos deste tipo de contaminação de microplásticos é que os materiais penetram na cadeia alimentar das espécies marinhas e que acabam também na dieta dos humanos.

Mochilas de Emergência